O LIXO E AS LEIS
A prefeitura do Rio de Janeiro começou a multar pessoas que jogam lixo na rua. As multas variam entre R$ 157, para quem descarta resíduos pequenos como bagana de cigarro ou palito de fósforo, até R$ 3 mil para objetos maiores. O cidadão flagrado em delito pelos fiscais é intimado a apresentar carteira de identidade e a informar o número do seu CPF, para confirmação imediata pelo computador portátil do guarda municipal. Se o infrator se negar a apresentar qualquer documento, poderá ser levado a uma delegacia para o devido registro da ocorrência. Se não pagar a multa no prazo estipulado, poderá ter seu nome inscrito no Serasa e no Serviço de Proteção ao Crédito, com todos os ônus decorrentes de tais registros. É, portanto, para valer a Lei de Limpeza Urbana que começou a viger na última terça-feira na principal cidade turística do país.
A Operação Lixo Zero, deflagrada pela prefeitura carioca depois de uma extensa campanha educativa, autuou mais de 100 pessoas apenas no primeiro dia, a maioria pelo lançamento de pontas de cigarros no chão. Mas também estão na mira dos fiscais inúmeros outros atos de relaxamento que são perpetrados diariamente em todas as grandes metrópoles brasileiras, tais como o lançamento de papéis e embalagens da janela dos veículos, o depósito de lixo doméstico na calçada, o abandono de fezes de animais de estimação em local público e até mesmo o hábito de cuspir resto de chiclete no chão.
Ainda que pareçam pouco significativas para algumas pessoas, estas demonstrações de falta de urbanidade compõem o retrato coletivo de uma população. E funcionam como a famosa teoria das janelas quebradas: lixo acumulado chama mais lixo, degrada o ambiente, atrai vândalos e criminosos, afasta o progresso e contamina toda a sociedade. Aparentemente inofensiva, uma bagana de cigarro pode provocar incêndios e ferir pessoas ou animais domésticos que inadvertidamente pisarem sobre ela, além de poluir o ambiente.
Considerando-se que tais problemas são comuns a outros centros urbanos do país, a solução encontrada pela administração do Rio de Janeiro deveria também ser aplicada por outras prefeituras. É lamentável que seja necessário punir para que os cidadãos adotem comportamentos minimamente civilizados, mas as leis também podem ser educativas. Foi assim, com penalizações focadas no bolso do consumidor, que o país aceitou o uso do cinto de segurança e conseguiu restringir o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas
A Operação Lixo Zero, deflagrada pela prefeitura carioca depois de uma extensa campanha educativa, autuou mais de 100 pessoas apenas no primeiro dia, a maioria pelo lançamento de pontas de cigarros no chão. Mas também estão na mira dos fiscais inúmeros outros atos de relaxamento que são perpetrados diariamente em todas as grandes metrópoles brasileiras, tais como o lançamento de papéis e embalagens da janela dos veículos, o depósito de lixo doméstico na calçada, o abandono de fezes de animais de estimação em local público e até mesmo o hábito de cuspir resto de chiclete no chão.
Ainda que pareçam pouco significativas para algumas pessoas, estas demonstrações de falta de urbanidade compõem o retrato coletivo de uma população. E funcionam como a famosa teoria das janelas quebradas: lixo acumulado chama mais lixo, degrada o ambiente, atrai vândalos e criminosos, afasta o progresso e contamina toda a sociedade. Aparentemente inofensiva, uma bagana de cigarro pode provocar incêndios e ferir pessoas ou animais domésticos que inadvertidamente pisarem sobre ela, além de poluir o ambiente.
Considerando-se que tais problemas são comuns a outros centros urbanos do país, a solução encontrada pela administração do Rio de Janeiro deveria também ser aplicada por outras prefeituras. É lamentável que seja necessário punir para que os cidadãos adotem comportamentos minimamente civilizados, mas as leis também podem ser educativas. Foi assim, com penalizações focadas no bolso do consumidor, que o país aceitou o uso do cinto de segurança e conseguiu restringir o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas
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